segunda-feira, 26 de abril de 2010

Sexo, drogas e Arnold

(Domingo, 25.04)

1. Vondelpark (mais interessante se você está sobre uma bike)

2. Passeio nos Canais. Muito curioso ver de pertinho o interior dos barcos-casas ancorados nas margens. E passamos mais de uma hora sentados num banco observando o passatempo do final de semana de vários holandeses (e turistas, claro): eles saem pelos canais dirigindo seus barcos e fazendo piquenique... Amamamos um grupo de gringos que improvisou uma balada numa espécie de balsa e uma senhora toda elegante levando seu papagaio para dar um rolê (verdade, reparem no toldinho listrado).

3. Casa de Anne Frank, o esconderijo em que uma família judia driblou os nazistas por dois anos. Descobertos, todos foram levados para campos de concentração. A menina, Anne, morreu num deles. O pai, único sobrevivente, descobriu o diário escrito por ela durante o período em que estiveram confinados - ele foi publicado pouco depois em diversos países. A loja de souvenirs na saída do museu tinha que vender antidepressivos de efeito imediato (tipo injeção na testa). Chorei horrores.

4. O bizarro Red Light District e suas vitrines de prostitutas. Algumas ruas são tão estreitas e com janelas dos dois lados que rola uma claustrofobia pornô, sabe? As mulheres ficam praticamente com o peito na sua cara! A luz azul em algumas cabines identifica os travestis - que, juro, parecem muito mais mulher que eu. Thata, só tive coragem de entrar no show de sexo ao vivo porque lembrei que você tinha ido - eu teria vergonha de te dizer que amarelei na hora H! É um teatro mesmo, com espectadores de 18 a 70 anos, casais, japas sozinhos na primeira fila, grupos de gringos doidos por uma farra... Mas morremos de rir com as apresentações de uma doida que colocava a caneta "lá" e escrevia na barriga de um cara da plateia, uns strips toscos, uns malabarismos tipo Cirque du Soleil.

5. Entramos numa CofeeShop, mas fica tranquila, mãe. Como só tinhamos 8 euros e os caras não aceitavam cartão de crédito, o tal bolinho que dá barato deve ficar pra uma próxima vez. Mas foi inacreditável ler o cardápio de drogas deles.

*Ontem, ao chegarmos no hotel, conhemos nosso companheiro de quarto. Um romeno com nome impronunciável que batizamos de "Arnold". Do you know why? O cara pratica body building, ou seja, é fisiculturista. Pense num cara grande - ele é maior. Ganha dinheiro fazendo aqueles shows em que você se besunta de óleo e faz força pra que os músculos quase estourem a pele. E uns bicos como segurança. Advinha onde? Red Light District. O foda foi que o cara, quando soube que eu era brasileira, falou (mexendo a tetinha boladona): "Uh, I love brazilians girls". MEDO. Felipe me obrigou a dormir na cama de cima do beliche e quis comprar um machado para se precaver. Passado o gelo, até conseguimos trocar umas palavras sobre dieta saudável, anabolizantes e academia. Papo super a ver com dois sedentários. Arnold nos deixou esta manhã.





















Um comentário:

Unknown disse...

Nathy,
Jamais te perdoaria por não ter entrado no show.. vc amarelar com essas coisas é inconcebível!!! hahahah
Vc deve ter assistido ao mesmo show que eu, pq pelo menos o número da caneta foi repetido!
As fotos estão maravilhosas!
Bjos pro casal viajante